sábado, 10 de novembro de 2012

SÃO JOAQUIM-SC

Foi em fevereiro de 2006 que três professoras e eu fomos para São Joaquim no Estado de Santa Catarina, a cidade mais fria do Brasil, realizar mais um curso organizado pelo IEC. Apesar do frio que sentimos ao contrário dos professores de lá, que viviam pleno verão catarinense, conseguimos dar o curso em  duas semanas.Fiquei com uma turma de 20 professores de 1ª a 4ª séries de Ensino Fundamental .Realizamos atividades  partindo da realidade daquele lugar seguindo a programação e conteúdos abordados ,previamente solicitado pela Secretária de Educação .

Durante a abordagem da Psicogênese da Língua Escrita de Emília Ferrero, o professor de música Luis Aguinaldo Nunes muito interessado nessa postura pedagógica, aplicou o teste dos níveis de aprendizagem no seu filho de seis anos, levando-o depois á sala de aula do curso para juntos, analisarmos aquele diagnóstico. Foi muito boa essa situação apresentada, porque daí partiu-se para a elaboração de atividades, estimulando os professores a provocarem desafios para ajudar a criança desenvolver seu raciocínio lógico e conseqüentemente avançar de nível.
                                      
Momento gratificante aconteceu também quando menino tocou violão e cantou junto com o pai  a música “Mulher chorona”: êita mulher chorona...chora que nem sanfona!Lembro-me do que o professor disse durante o curso, que ele queria alfabetizar seu filho naquele ano.
Os professores, surpreendidos pela maneira do menino brincar jogando com as letras e palavras, não tiveram dúvidas de que os temas abordados naquele curso, de fato muito contribuíram para seus trabalhos em classes de alfabetização e continuidade.

Outra situação real vivida foi uma visita com planejamento elaborado, às plantações de maçã daquela região, que depois, pudemos elaborar atividades práticas de sala de aula como planejamento de excursão, técnicas de pesquisa, produção de textos e relatórios.

E foi assim durante todo tempo, os conteúdos fluindo de maneira prática e objetiva, como também o “Carnaval na Escola” sugerindo outra proposta pedagógica, interdisciplinando diversas áreas como artes,história, geografia, matemática e etc. Os professores confeccionaram suas fantasias e instrumentos simulando serem seus alunos e contextualizaram a oficina pedagógica.
Realizamos também várias outras oficinas de confecção de material didático com técnicas de aplicação e fundamentação teóricas, do interesse e necessidades dos professores, que pretendo posteriormente falar sobre elas.
Além do curso, no final de semana que passamos em São Joaquim, o Prefeito da cidade, colocou a nossa disposição, carro e motorista ,para conhecer a Serra Gaúcha, e nos recebeu em sua residência com um jantar á moda daquela região.

Nossa despedida do curso foi abrilhantada pela Banda de Música do “CAIC Fúlvio Amarante Ferreira” composta por alunos e dirigida pelo professor Luis Agnaldo Nunes, local onde aconteceu o evento. Ainda recebemos o CD de músicas tocadas, torta de maçã, caixas de ameixa e maçãs frescas.

                                                    Salve,Salve  São Joaquim!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

SALVE O “DIA DO PROFESSOR!”

 Há coisas que ordenado não paga, como o desprendimento e garra com que muitos professores desempenham suas funções.
Parabéns colegas, amigos e amigas de todo Brasil e do mundo!
Salve!Salve!


sábado, 22 de setembro de 2012

GURUPI E PORTO NACIONAL - TO

Viagens para realização de Cursos sempre foram mais que uma aula como nos meus tempos de professora regente, nas Escolas Classes de Brasília, nas décadas de 60,70 e 80, quando a responsabilidade e o prazer de fazer bem feito começaram a ser meu lema.
Gurupi no Estado de Tocantins foi Pólo para realização de um dos primeiros cursos de “Formação Continuada de Professores” que realizei naquela região, junto com outros professores.

O primeiro momento do curso ocorreu nessa cidade entre 24 e 26 de outubro de 2002, contou com a presença de 400 professores das séries iniciais dos municípios de Peixes, Formoso, Taguatinga e Arraias, distribuídas em oito turmas, ministradas por docentes da equipe pedagógica da CNEP com carga horária de 24 horas/aulas presencial e 40 horas/aulas à distância. Aí utilizamos o sistema de rodízio de instrutores para dar aos grupos a oportunidade de conhecer cada docente. Os temas abordados remeteram os cursistas a reverem à luz de suas práticas, as concepções de educação e abordagens sobre alfabetização presentes em suas escolas, e conseqüentemente, em seu cotidiano. O conteúdo desta fase ficou centrado na “Psicogênese da Língua Escrita” de Emília Ferreiro considerado o mais polêmico e a prática pedagógica solicitada pela Secretaria Municipal de Educação de Gurupi.

Num segundo momento, o curso ocorreu na cidade de Porto Nacional de 7 a 11 de novembro de 2002 com 243 professores também das séries iniciais dos municípios de Porto Nacional, Divinópolis, Monte do Carmo, Ponte Alta e Almas, distribuídos em seis turmas. Os procedimentos das aulas foram os mesmos, utilizando os conteúdos e materiais pedagógicos do primeiro.
Depois voltamos em dezembro e janeiro de 2003 para uma segunda etapa em Gurupi, com os professores de áreas específicas de 5ª á 8ª séries.
Os locais oferecidos para a realização dos cursos e a participação efetiva das secretárias de educação, favoreceram a freqüência diária dos professores, no entanto, o desconforto das salas superlotadas e o calor daquela região dificultaram a participação ativa dos mesmos.
Essa observação foi feita pelos professores através das avaliações diárias e por meio do caderno de registro coletivo, uma espécie de diário, utilizado em cada turma como um elemento do Contrato Didático, elaborado entre instrutores e cursistas, como um pressuposto teórico e avaliativo, segundo os PCNs.

Revendo fotos e relatórios antigos, encontrei mais que saudades, os escritos de alguns professores que fizeram parte dessa jornada pedagógica, e que carinhosamente me dedicaram.
Obrigada Joana Gama e Joseanne Maria Monte Silva de Formoso do Araguaia; Leila Maria da Silva Tavares de Arraias; Kathie de Gurupi, onde quer que você esteja; Maria de Jesus Rocha, de Porto Nacional; Ecy Jacobina de Ponte Alta; Azenilde e as anônimas que deixaram poemas e mensagens no meu relatório.   

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

TAQUARAÇÚ DE MINAS-MG

 

Minha viajem aTaquaraçú de Minas foi para dar continuidade a um curso já iniciado por outras professoras a fim de retomar, concluir as atividades da primeira fase e também receber os relatos das horas indiretas, fazendo os comentários e observações necessárias. Todavia foram dois dias apenas de atividades para 35 professoras pela manhã e tarde num total de 20 horas. Mas mesmo sendo poucas horas abordamos muitos temas dentre eles PSIGOGÊNESE DA ALFABETIZAÇÃO.


            Produção de texto e matemática

                        
        Trabalhando o lúdico na matemática


Assim foi mais um CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA COM RECURSO LIBERADO PELO FNDE/MEC

Setembro/2006






sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Arataca-BA-Fevereiro e Julho/2006

Curso de Formação Continuada para Professores do Ensino Fundamental,1º ao 4º ano e EJA
Médodos e técnicas de alfabetização
Oficinas de Letramento
Elaboração da escrita/ortografia
Interdisciplinaridade e transversalidade
 
 Passos básicos  de uma aula de Leitura e Interpretação de textos
Obrigada professores pela presença e  participação na  história da educação brasileira.Saudades!

sábado, 15 de outubro de 2011

VOCÊ SABE COMO SURGIU O DIA DO PROFESSOR?

O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Homenagem aos professores de Arataca-BA
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira
comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Fontes: Site www.diadoprofessor.com.brSite www.unigente.com

PARABÉNS PARA TODOS OS PROFESSORES DO BRASIL E DO MUNDO

domingo, 24 de julho de 2011

BANDEIRAS

 Em agosto de 2006 foi realizado a Capacitação de Professores de Monitores do município de Bandeiras em Minas Gerais. Essa foi a última cidade em que participei das Ações Educativas Complementares. Mais um trabalho feito com Vera Vianna.
Aqui tenho que falar um pouco mais de Vera, que foi a coordenadora de todos os cursos dessa modalidade e que eu desejava conhecê-la pessoalmente porque já trabalhava com seus textos e produções em outros cursos. Vera não só coordenou como também executou as atividades planejadas comigo. Conheci essa fabulosa educadora numa das viagens realizadas pelo interior da Bahia, quando ela me convidou para fazer parte de sua equipe, que para mim foi uma experiência maravilhosa que nunca esquecerei, pois além de educação compartilhamos amizade, dedicação, compromisso e amor ao que fazemos.
 Para levar a Capacitação  até Bandeiras tivemos que nos ausentar uns dias da SECAD onde trabalhávamos como” Consultoras Técnicas (PNUD)” em  análise de Projetos  Ações Educativas Complementares e Kilombolas.
Bandeiras fica no norte de Minas Gerais divisa com Bahia e para chegar lá fizemos uma longa viagem, tivemos que atravessar o Rio Jequitinhonha de balsa, uma verdadeira aventura que eu chamei de caminheiras da educação.
Como já relatei antes a capacitação como parte do projeto era obrigatória, devendo contemplar os temas discriminados, além de outros temas que fossem necessários à eficiência e eficácia das ações, devendo o município procurar contratar profissionais/monitores já qualificados nas respectivas áreas de sua contratação.
Daí nosso trabalho foi com esses profissionais como em outras cidades desenvolvendo atividades que pudessem despertar o interesse e o gosto pela execução dos temas e das oficinas propostas para atender os alunos em horário contrário ao período escolar.
Ressalvo mais uma vez que o objetivo geral da proposta era estimular o desenvolvimento das potencialidades da criança, do adolescente e de suas famílias, por meio de ações educacionais complementares e prazerosas na escola que fortalecesse a auto-estima e enriquecesse a ação educativa da escola evitando assim a evasão. o conflito e a violência.
Contamos com a presença de 60 profissionais entre professores e monitores, durante 40 horas presenciais. As demais horas foram desenvolvidas com os alunos num período de pelo menos seis meses.
Cada dia de curso eram levantadas as expectativas dos cursistas num vai e vem de atividades que contemplassem as necessidades reveladas que por sinal foram bem satisfatórias segundo relatório final apresentado por eles. 
Os conteúdos abordados e integrados com alfabetização foram:
  •  Plano Nacional de Educação e Direitos Humanos / Letramento Educação Alfabetizadora e Aquisição da leitura e da escrita.     
  • Lei 10.639/2003 /Temas Geradores: construção de uma nova proposta construtivista. 
  • Contextos de Vulnerabilidade, atos discriminatórios, inclusão social e respeito à diversidade/Relação Professor x Aluno x Sociedade, Competências do Alfabetizador. 
  • Princípios e Diretrizes do Programa de Apoio Educacional /Planejamento, numa proposta construtivista, temas geradores - 
  • Guia Escolar; métodos para identificação de sinais de abuso e exploração sexuais de crianças e adolescentes / Avaliação. Instrumentos de uma avaliação; Oficina de construção de atividades para um processo de alfabetização partindo dos temas geradores. 
  • Medidas e Redes Locais de proteção da criança e do adolescente / Literatura Infanto-Juvenil-(contando história sem violência). 
  • Educação para a cidadania. –Planejamento de Oficinas. 
  • Protagonismo Infanto-Juvenil e Adultos / Psicogênese da língua escrita, Emília Ferreiro/Dramatizando Histórias. 
  • Enfrentamento da violência sexual e domiciliar contra a criança, o adolescente e a mulher./Matemática Contextualizada. 
  • Ações Educativas Complementares e suas Implicações, metas, atividades, público-alvo e resultados esperados / Oficinas de Leitura e Produção de textos integrados.

As considerações e destaques dos aspectos mais relevantes foram:                                                                             
 A atenção por parte da Secretaria de Educação do Município e receptividade;
Interesse dos participantes professores e monitores pelos temas abordados incluindo alfabetização;
A necessidade expressada de mais tempo para aprofundamento.
O curso foi encerrado com uma bonita apresentação da Reisada da cidade composta pelos pais e professores. Os instrumentos musicais tocados foram confeccionados pelos próprios membros da Reisada. 
A todos que participaram dessa jornada pedagógica fica nossas recordações.