quarta-feira, 26 de março de 2014

ANALFABETISMO EMOCIONAL

   



Aprendi há pouco tempo algo mais sobre analfabetismo além daquele que já conhecia. O "analfabetismo emocional” que segundo André Lima do EFT é diferente do analfabetismo comum, onde a pessoa tem consciência de que não sabe ler e escrever, o analfabeto emocional não tem a percepção da sua falta de conhecimento. Por ser muito interessante o tema, compartilho com os colegas professores e educadores, desejando-lhes muita paz, luz e prosperidade e que neste ano letivo de 2014 possamos repassar ás nossas crianças algo mais além do que prometemos no ato da nossa formatura. Lembro-me de quando me formei professora normalista do juramento que fiz:

   “SOLENEMENTE PROMETO, NO DESEMPENHO DE MINHAS FUNÇÕES DE EDUCADOR, TRANSMITIR      COM LEALDADE, INTEGRIDADE E HONESTIDADE OS ENSINAMENTOS HUMANOS E CIENTÍFICOS QUE FAÇAM DOS JOVENS A MIM CONFIADOS PROFISSIONAIS E CIDADÃOS CONSCIENTES RESPONSÁVEIS E INTELIGENTES. SE CRIAR HOMENS EU CONSEGUIR, SENTIR-ME-EI REALIZADO. ASSIM PROMETO”.
Ensinamento humano e científico é o que transmitimos ás crianças, jovens e adultos a nós confiados durante a formação escolar que diz respeito de maneira geral, ao intelecto. Eles aprendem desenvolver o raciocínio lógico, as memórias, as habilidades enfim a capacidade de aprender conceitos sobre coisas do mundo em que vivem.

Sujeito da sua própria historia, vão formando sua personalidade até tornarem-se profissionais e cidadãos. Entretanto nos deparamos com situações difíceis no que diz respeito à vida seja escolar ou familiar em que nos sentimos impotentes diante dos fatos apesar de saber mobilizar os recursos pedagógicos e serem bons educadores.

O que ocorre como diz André Lima é “que formamos seres humanos dotados de uma grande capacidade intelectual, mas que não conseguem criar uma vida feliz, em paz, próspera e saudável. Pior ainda, um intelecto muito desenvolvido sem a parte emocional em equilíbrio, que tem uma capacidade enorme de criar sofrimento para si próprio e para os outros”.

 Eu como ele, também acredito ter sido educada como muitos alunos foram e são educados até hoje por nós. Tive nas escolas uma boa educação formal e também com meus pais boa educação caseira com as melhores intenções, mas posso ter sido fortemente contaminada pela negatividade desses educadores e de outros grupos sociais que de maneira inconsciente, pensaram ser o melhor para mim. Crenças, emoções, pensamentos e sentimentos acumulados durante a vida que nos causam medo, culpa raiva, tristeza, mágoa, abandono, rejeição, frustração e que se alimentando de nossos pensamentos nos trazem sofrimento e aos que nos cercam. Basta buscar na memória algumas situações vivenciadas para ter pessimismo, depressão, ansiedade, menos paz, menos sabedoria para lidar com a nossa vida e com a dos outros.

 Por aprender dessa maneira é que acreditamos que para ajudar um ser humano a ser feliz e bem sucedido na vida basta dar então essa mesma educação sem perceber que também podemos repassar negatividades para esses seres humanos no dia a dia do convívio escolar ou familiar. Transmitimos os ensinamentos com lealdade, integridade e honestidade com a ilusão de que passamos a eles toda base que necessitam para terem condições de seguir a vida de maneira satisfatória e bem sucedida. E muitas vezes tomamos certos tipos de atitudes justificando fazer o melhor para as crianças.

E afinal de contas, isso é verdade? Elas estão tendo tudo que é necessário?
Então, porque nós educadores repetindo com as mesmas ferramentas o processo educativo de nossos antecessores numa constante “Que apesar de termos feito tudo o que fizemos e vivemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”, ainda sentimos incapazes de entender o que acontece com elas quando não conseguem o resultado esperado?
Por que nós também temos dificuldades em atingir metas e objetivos se tivemos tudo o que foi necessário?

Podemos acreditar que tivemos educação de qualidade, um alto nível de inteligência e conhecimentos, mas e sobre os aspectos emocionais, que conhecimentos e noções temos sobre o quanto essa área quando em desequilíbrio pode sabotar a vida do ser humano em diversos sentidos?
Será que tudo que sabemos na verdade sobre esses aspectos não foi o que vivemos na escola, na família e na sociedade ou nada mais que pequenas noções superficiais?
 Conhecemos de fato as coisas básicas sobre o que são as emoções, como funcionam e influenciam as nossas vidas em todas as áreas?

Foi buscando uma resposta que tive o entendimento do que é então, ser um analfabeto emocional. Investimos muito no aumento da nossa capacidade intelectual pensando ser o mais importante. Mas carregando as mesmas crenças, mitos e problemas, podemos transmitir também inconscientemente para nossas crianças em sala de aula e em nossos lares. Daí o que acontece com a gente, vai acontecer com elas por isso nos surpreendemos diante dos enfrentamentos da vida.

Portanto amigos, colegas educadores, antes de bater no peito e orgulhosamente dizer que estamos agindo dessa ou daquela maneira pensando no melhor para as nossas crianças, precisamos antes refletir sobre nossos comportamentos emocionais. Até aonde eu, você ou nós sabemos mobilizar essa nossa área e a delas. Vamos evoluir fazendo uma reflexão sobre esse conhecimento que para nossa vida é tão útil ou até mais profundo do que o intelectual. Se a gente soubesse detectar aspectos da autoestima baixa, das manipulações familiares, padrões negativos que se repetem teríamos condições de nos livrar das flechas negativas que influenciam a nossa vida e a de nossos alunos sejam eles crianças, jovens adolescentes ou adultos.

PENSEM NISSO!

Agradeço ao Bruno J. Gimenes de " Luz da Serra"  e André Lima de "EFT-Emocional Freedom Techniques"por mais esse aprendizado.