domingo, 24 de novembro de 2013
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
20/11: DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Esse dia foi instituído pela Lei 10.639, no dia 9 de
janeiro de 2003 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto,
apenas em 2011 a presidente Dilma
Roussef sancionou a Lei 12.519/2011 que cria a data, sem
obrigatoriedade de feriado. Porém 780 municípios brasileiros consideraram feriado o Dia Nacional da
Consciência Negra dentre eles 10 municípios de Minas Gerais, estado onde eu
nasci, cresci e fui educada. A data foi
escolhido em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, morto
em 20 de novembro de 1695, que ficou conhecido pela sua luta e empenho na
resistência ao regime de escravidão no Brasil. Tem por objetivo essa data fazer uma reflexão sobre o relevo
da cultura e do povo africano e o impacto que tiveram na
evolução da cultura brasileira. Sociologia, política, religião e gastronomia
entre várias outras áreas, foram profundamente influenciadas pelas culturas
negra e Africana.
É dia de comemorar e mostrar profundo apreço
pela cultura afro-brasileira. A Comunidade Paroquial do Desemboque (o Arraial
onde viveu meus avós paternos, onde fui crismada e sempre passava quando íamos
para Sacramento, meu pai, minha mãe meus irmãos e eu) realizou uma grandiosa Festa de Nossa Senhora do
Rosário dos Negros , onde numa mesma vivência comunitária festejou os 270
anos do Distrito de Desemboque integrando fé, vida e cultura
popular e celebrou o dia da Consciência Negra
de 15 a 17 de novembro de 2013. Estive presente por dois dias nas
comemorações e não pude deixar de mencionar aqui minha emoção por recordar
minha infância com tanto apreço e saudades dos meus antepassados e ao mesmo
tempo compartilhar com todos que ali estavam meus irmãos, primos e conterrâneos
a alegria daqueles momentos como da cavalgada e carreiros de Tapira, da oração
do Terço cantado que muito lembrou nosso pai.
No domingo último dia da Festa
não contive as lágrimas ao assistir e documentar as apresentações dos Ternos de
Moçambique e Congo dos vários municípios vizinhos na Praça de Nossa Senhora do
Rosário, depois do Levantamento dos Mastros de Nossa Senhora do Rosário dos
Negros e São Benedito. A presença do negro desde a minha infância fez parte da
minha história de vida como da de todos os brasileiros .Voltei para Brasília na
leveza de ter reencontrado com meu passado e sentindo que a consciência negra
está presente em nossas vidas todos os
dias e não somente nessa data oficializada.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
19/11: DIA DA BANDEIRA
Salve lindo pendão da esperança. Salve
símbolo augusto da paz!
Hoje dia
19 de novembro comemora-se o Dia da Bandeira do Brasil, essa comemoração
passou a fazer parte da história do Brasil no ano de 1889. Foi instituída quatro
dias depois da Proclamação da República. Ela resultou de uma adaptação na
tradicional Bandeira do Império Brasileiro em vez do escudo Imperial Português
dentro do losango amarelo, foi adicionado o círculo azul com estrelas na cor
branca. A antiga Bandeira desenhada por
Jean Baptiste Debret, que representava o império, foi substituída pelo desenho
de Décio Vilares.Portanto 19 de Novembro é comemorado, em todo o território nacional, como o Dia da Bandeira. Nesta data ocorrem comemorações cívicas,
acompanhadas do Hino à Bandeira.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
SALVE "DIA DO PROFESSOR"
Hoje desfolhando o calendário eu li “Dia do Professor
e dia da Normalista”. Compartilho com todos (as) o orgulho de ter essa
profissão e esse dia dedicado a nós. Albert Einstein disse sobre o professor:
“A tarefa essencial do professor é despertar a alegria de trabalhar e de
conhecer”. E a Célia Guimarães Santana lá de Sete Lagoas Minas Gerais:
“Professor é simplesmente a mão amiga estendida de gente ensinando a gente a
ser mais gente na vida!".
Aquele abraço da Maria para todos
professores e professoras do meu Brasil desde São Joaquim-SC até Palmas-TO. Atravessando
pelo Distrito Federal, Minas Gerais, Goiás e Bahia, com o carinho, a paixão e o
orgulho de ser PROFESSORA como vocês!
Feliz
dia para todos!
terça-feira, 13 de agosto de 2013
QUEBRANDO PARADIGMAS
Toda vez que surgiam dificuldades ou
perguntas dos professores durante um curso de acordo com os conteúdos
abordados tive que parar para analisar com eles o porquê daquelas dúvidas
e juntos procurar uma solução para cada caso. Certa vez numa dessas
dificuldades e perguntas o assunto era: “Zona proximal do
Desenvolvimento”.
Como o próprio Vygotsky disse "a
zona proximal de hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã". Ou seja: aquilo que nesse momento uma criança só
consegue fazer com a ajuda de alguém, um pouco mais adiante ela certamente
conseguirá fazer sozinha. Mas e se a criança não conseguiu fazer sozinha como o professor deve agir em sala de aula?
A questão colocada pelos professores
era como fazer meus alunos lerem depois de passarem por um ou vários processos
de alfabetização? Ou o que fazer para que esses alunos leiam sem perder o
interesse?
Daí o desafio... É mediar, é intervir para promover mudanças. O professor tem o papel explícito de
interferir no processo e provocar avanços nos alunos e isso se torna possível
com sua interferência na zona proximal.
Dias atrás fui surpreendida por uma
professora pedindo-me que lhe enviasse minhas sugestões para trabalhar com uma
dessas dificuldades do dia a dia de muitos professores.
Sempre disse e repito que a questão é que cada professor tem seu método e escolhe o processo que quiser para alfabetizar desde que ele domine e saiba as técnicas ou como diz Vasco Moretto... "saiba mobilizar os recursos cognitivos para alcançar seus objetivos e desenvolver competências".
Já recebi criticas por falar em
técnicas certa vez ao ser entendido como tecnicista. Não é desse “Tecnicismo” que eu falo mas de técnicas
de como trabalhar um livro, atividades de leituras, produção de textos,
operações fundamentais, em fim um processo de alfabetização. Sempre disse e repito que a questão é que cada professor tem seu método e escolhe o processo que quiser para alfabetizar desde que ele domine e saiba as técnicas ou como diz Vasco Moretto... "saiba mobilizar os recursos cognitivos para alcançar seus objetivos e desenvolver competências".
Em minha opinião a formação de
professores hoje deixa a desejar e por isso necessitam fazerem cursos
de formação continuada para que juntos troquem experiências, quebrem
paradigmas e avancem nas práticas das teorias.
Posso não agradar a todos, mas seguem
minhas sugestões enviadas para a professora que decidiu trabalhar de outra
maneira e necessitava das técnicas de um processo silábico para avançar seus
alunos.
SUGESTÕES DE MARIA DE LOURDES
Passos Básicos para trabalhar o processo silábico
INTRODUÇÃO
Quase todos os processos silábicos
inicializam-se com a introdução das vogais e os encontros vocálicos, sempre por
meio de histórias de onde são retiradas as vogais como a letra iniciativa das
palavras lúdicas usadas na história, por ex: Aa (da abelha) - Ee (do elefante)
-Ii de (Igreja) que devem ser seguindo passos que são os mesmos da
palavração a seguir:
1ºPasso:- PREPARAÇÂO:
Motivar os alunos contando a
história ou aplicando técnicas bem dinâmicas (música, dança,
brincadeira, mímica imitando os personagens etc.) Conversar em roda sobre os
personagens e a técnica executada;
2ºPasso- APRESENTAÇÂO DE PALAVRAS:
Apresentar as palavras significativas
do livro em fichas ilustradas com gravuras:
(banana-camelo-dado-faca-janela-lata e etc. seguindo o livro ou cartilha
escolhida)
Fazer leitura das fichas mostradas
pela professora e depois pegando nelas (cada aluno pega na ficha e lê a palavra
repassando-a para o colega ou entregando á professora para que repasse a outro
aluno (uma palavra por dia);
Explorar o conhecimento dos alunos
sobre as palavras apresentadas;
Formar frases oralmente com as
palavras; Contar o número de vezes que abrimos a boca para falar cada palavra
apresentada (uma por vez, ou seja, uma por dia);
Escrever no quadro ou numa ficha
grande a palavra para que os alunos observem os movimentos, acompanhem com os
olhos ou fazerem os movimentos no ar .Repassar também a palavra escrita na
ficha para que os alunos leiam e depois passem o dedo fazendo os movimentos;
3º Passo- APRESENTAÇÃO DE SÍLABAS:
Mostrar a palavra básica fazendo com
os alunos a leitura compassadamente, na medida em que abre e feche a boca, a
professora vai dobrando a ficha em sílabas sem dizer nada... (depois dos alunos
já terem dominado a leitura e escrita de cada palavra e isso depende da turma e
de cada aluno);
Fazer a leitura e a contagem dos
pedaços da ficha com os alunos perguntando quantos pedaços são;
Destacar a sílaba inicial de cada
palavra pedindo para que identifiquem palavras que iniciam como ela (ex: ma é
de macaco, mas é ma de maletas, de mamadeira, de mala etc...) se achar
necessário vai escrevendo no quadro essas palavras destacando a sílaba
geradora, depois podem fazer pequenas cartelas e colocar no mural da sala ao
redor da sílaba básica trabalhada;
Cortar a ficha com os alunos lendo
cada pedaço: decompor, compor e recompor a palavra várias vezes na porta
fichas;
Fazer análise fonética da sílaba
apresentada (exagerar bem na pronúncia levando o aluno a repetir seguindo a
posição da boca e língua);
Realizar atividades escritas de
identificação e fixação dessas sílabas básicas;
4º Passo-COMUTAÇÃO DAS VOGAIS ou
FAMÍLIA SILÁBICA:
Depois de bem trabalhada a sílaba básica
(identificação visual e escrita), mostrar a ficha para os alunos pedindo que
observem e contem quantas letras ela tem. Dobrar a ficha silábica destacando
cada letra, ou seja, a consoante da vogal que supostamente as vogais já foram
bem trabalhadas no processo.
Recortar a ficha silábica e colocar
no porta fichas: decompor, compor e recompor sempre lendo.
Retirar a vogal e lentamente
substituí-la por outras vogais perguntando sempre “e... se eu retirar essa
letra e colocar essa outra como fica?”.
Os alunos vão lendo a substituição
feita e tirando suas conclusões... ex: (era BA. tirei o A e coloquei O ficou BO...
tirei o O e coloquei E ficou BE).
Nota- Nunca se esquecer de fazer a
fonologia das letras E e O que se faz É ou Ê e às vezes I e no caso do O
que faz Ó ou Ô e às vezes U quando falamos ou lemos.
Depois de explorar e registrar a
troca de vogais fazer a organização delas que chamamos de família silábica, ex:
BA-BE-BI-BO-BU e BÃO por causa de encontro vocálico trabalhado anteriormente;
Realizar atividades orais e escritas
de reconhecimento, identificação e fixação dessas famílias silábicas;
5º Passo-FORMAÇÃO DE PALAVRAS NOVAS:
Colocar a família silábica trabalhada
e as vogais no porta fichas e convidar os alunos para formarem palavras novas
com as fichas conhecidas;
Nesta etapa os alunos já devem estar
com seus portas fichas individuais e um aluno junto com a professora vai
formando palavras novas fazendo a combinação das sílabas. A professora pode
iniciar o trabalho convidando os alunos a formarem palavras que ela mostra um
desenho ou objeto ou apenas espera que eles tomem a iniciativa de fazerem. Por
ex: mostra o desenho de um baú, boi, bebê, e pergunta se alguém sabe como
formar o nome do desenho montando as fichas no porta fichas.
Pedir que os alunos formem em suas
mesas e depois escreva na folha de papel ou caderno cada palavra formada (com
letra que foi usada desde o inicio do processo). Na maioria das cartilhas usam-se
as duas letras. As fichas com letras de forma e a escrita sempre com letras
cursivas, sem muita ênfase na diferenciação porque o aluno é capaz de diferenciar;
Realizar atividades de identificação
e fixação dessas palavras novas sempre acompanhadas das palavras geradoras,
formando pequenas frases e ou textos.
Assim sucessivamente vai trabalhando
as outras palavras básicas geradoras, sílabas básicas das palavras, famílias
das sílabas e formação de palavras novas, aumentando sempre ás palavras novas e
o número de sílabas a serem usadas (geralmente as primeiras palavras formadas
seguem a ordem: monossíbas, dissílabas, trissílabas e polissílabas).
RESUMINDO: texto, frase, palavra, sílaba e
voltam sílabas, palavras, frases, textos.Boa sorte!
Maria de Lourdes Rezende
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
LA OTRA ESQUINA DE LAS PALABRAS
A OUTRA ESQUINA DAS PALAVRAS
Ele vem chegando... (Joaquín Gálvez, escritor e promotor cultural que
faz acontecer uma vez por semana sem receber honorários…) e devagarzinho coloca
cada coisa em seu lugar. Sua sombra às vezes lembra a de um Beatles com sua boina
de Liverpool.
Ascende a primeira luz debaixo de uma árvore frondosa no fundo do Café
Demetrio em Coral Gables. Depois de desenrolar um cartaz que mais parece um
estandarte artisticamente pintado com as palavras: “A Outra Esquina das
Palavras”, lentamente abre-se o cenário para uma nova apresentação cultural “gotas de cultura
cubana” como comentou um amigo (Albuquerque no FB), mais que cubanas pois ali
tem se apresentado gente de vários países (e sem contra indicação nem efeitos
colaterais...foi o que respondi) Aos poucos as pessoas chegam e se acomodam nas
mesas curtindo uma prosa gostosa de quem já se conhecem há muito tempo.
Inicia-se o evento apresentando-se a
pessoa que vai compartilhar sua literatura pelo próprio Joaquín, seguido da leitura,
vem às perguntas e comentários.
Eu que assistia pela segunda vez,
mais que já tinha visto as imagens no FB tive vontade de repassar essa
atividade cultural para a didática que é o eterno desafio dos professores e
educadores e porque também me lembrei de uma professora em Gurupí - TO, que falando
a meu respeito dizia que eu era capaz de fazer da água um instrumento
pedagógico, uma vez que eu já o tinha feito com as pedras do jardim de uma escola...
quando não tinha material concreto para executar minhas aulas.
A Outra Esquina das Palavras, então mais
que atividade cultural pode ser e um momento didático e ou pedagógico. Por ali
passaram e passam pessoas que quando crianças foram iguais aos nossos alunos, que
nasceram com um dom... O da linguística
que desenvolvido os tornaram poetas, escritores. Esses dons que chamamos de
potenciais ou habilidades a serem desenvolvidas, que segundo H.Gardner “inteligências
múltiplas” e segundo F. Perrenot... Formando “Competências”, cabendo a nós
professores e educadores organizar e dirigir situações de aprendizagem envolvendo os alunos nesse processo para
saber cooperar, participar, liderar e partilhar uma atividade coletiva fazendo
a diferença em saber falar ou em ficar quieto, que é também uma das maiores
dificuldades dos educadores. Assim foi que me lembrei de quando falamos com os
professores sobre um tema em Palmas - TO e outros municípios brasileiros: “Como
formar Leitores e Escritores na Escola”.
Cada vez que tocamos nesse assunto entre vários comentários e sugestões
sempre acabávamos no planejamento de nossas atividades ao iniciarmos um ano
letivo, a preparação da nossa sala de aula como, por exemplo, os cantinhos de leitura,
matemática, história, ciências como uma das rotinas de trabalho. Daí surge esta
ideia hoje, porque então não fazer outro cantinho da sala ou da escola com esse
nome “O Outro Cantinho das Palavras” com o objetivo de ler, escrever, observar
e registrar somente pelo prazer da leitura e da escritura, sem o propósito de
cobrança ou da prova.
Dar ao nosso aluno a oportunidade de conversar, questionar, expressar o
que sente por meio da linguagem escrita e falada como também por gesticulação, dramatização,
desenho, pintura, música... Indo mais além dos conteúdos didáticos, fazendo
nossa criança mais feliz na escola. Estaremos assim desenvolvendo competências
ou inteligências com atividades prazerosas evitando que elas corram o risco de
se perderem em outro canto ou outra esquina escura que não seja a das palavras.
Formar pequenos leitores, escritores e artistas é também superar as diferenças
culturais e administrar a progressão das aprendizagens.
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